Operação desmantela esquema de fraude contra Prefeitura de Ribeirão dos Índios com prejuízo que ultrapassa R$10 mil
GOLPE DO 'SEM PARAR'

A Polícia Civil de São Paulo deflagrou na manhã desta quarta-feira (18) a Operação “Non Stop”, que mira uma associação criminosa especializada em fraudes eletrônicas contra órgãos públicos. A ação, conduzida pela Central de Polícia Judiciária de Presidente Venceslau e pela Delegacia de Polícia de Ribeirão dos Índios, cumpriu mandados de prisão e busca domiciliar na cidade de São Paulo.
O caso teve início em 2023, quando um representante da Prefeitura Municipal de Ribeirão dos Índios registrou um boletim de ocorrência relatando um pagamento suspeito. As investigações apontaram que um grupo fraudou um boleto bancário, simulando uma página da empresa “Sem Parar”, e o enviou ao setor responsável pela quitação de despesas da frota municipal. O documento foi pago, mas a dívida com a empresa verdadeira permaneceu, gerando transtornos no uso dos veículos públicos.
Até o momento, a Polícia Civil identificou cinco integrantes do grupo, que utilizava técnicas sofisticadas de engenharia social para aplicar os golpes. A apuração revelou ainda que os valores desviados foram movimentados entre diferentes contas bancárias, num esforço de ocultar sua origem ilícita.
Com o apoio da Unidade de Inteligência do Deinter 8 – Presidente Prudente, os investigadores identificaram mais de 50 ocorrências semelhantes registradas em delegacias de várias regiões do Estado. O padrão de atuação e os nomes envolvidos indicam a atuação contínua da mesma associação criminosa.
Durante a operação desta quarta, foram cumpridos três mandados de prisão temporária e sete mandados de busca. A Justiça também autorizou o bloqueio e sequestro de valores nas contas dos investigados, com o objetivo de reparar o prejuízo aos cofres públicos, estimado em R$ 10.288,94.
Os suspeitos são investigados pelos crimes de associação criminosa, estelionato qualificado e lavagem de dinheiro. Segundo a Polícia Civil, o material apreendido será analisado, e os depoimentos dos envolvidos poderão embasar novos pedidos de prisão preventiva.
A expectativa é de que a operação também leve à responsabilização dos envolvidos em outros inquéritos em andamento. O caso segue sob investigação.