42ª Faive terá mesa de R$ 100 mil em exposição
Mí³veis ríºsticos
Quando se pensa em um item que custa R$ 100 mil, logo pensamos em um carro, uma caminhonete, um relógio de luxo, entre outros objetos. Na Feira Agropecuária e Industrial de Presidente Venceslau (Faive), os visitantes terão a oportunidade de comprar uma mesa com este valor. Achou estranho? Eu te explico...
O artesão Hilário Darolt, de Marechal Cândido Rondon (PR), trará pela primeira vez seu trabalho de móveis rústicos para a festa venceslauense. Entre mesas, cadeiras e acessórios em geral, todos em madeira, o profissional traz sua peça mais famosa atualmente. Uma mesa feita com madeira de jaqueira, que pesa mais de uma tonelada (1.200 kg), possui mais de 4,7 metros de largura e 2,4 metros de comprimento em seu ponto extremo, chama a atenção por onde passa.
De acordo com Darolt, a produção da mesa levou cerca de uma semana. “É uma peça que foi bem trabalhada, pois o lugar em que estava era de difícil acesso (tronco de árvore), para tirar do lugar. Pelo valor que eu a vendo, é baixo ainda, pois se fizesse prancha (técnica) dela, daria pra fazer R$ 200 mil reais, com 20 pranchas desta tora”, explicou.
Sendo trabalhada apenas com o auxílio de motosserra e lixadeira, uma das preocupações do artesão na hora de produzi-la era a de perder a peça na hora de fazer sua base. “A pessoa precisa entender, saber das ‘veias’ do tronco para fazer os pés no lugar certo. Fazer devagar, pois se errar um corte é perigoso estragar a peça”, disse.
Além de todo o cuidado em sua produção, o artesão afirma que cada mesa é exclusiva, não podendo ser encontrada em nenhum outro lugar. “Minhas mesas são diferentes do que é encontrado no mercado. A maioria fala em móveis rústicos, mas é diferente. Aqui você não vê um parafuso, nem prego. É tudo encaixado e colado”, justificou Darolt, antes de enfatizar a dificuldade que o artesão possui ao fazer cada peça.
Apesar de ser seu item de maior destaque no momento, Darolt diz não gostar muito da ideia de vendê-lo. “A mesa tem esse preço por causa do material que foi usado para produzi-la, o risco é mais elevado, e é uma peça que eu vendo, mas não tenho muito interesse em vender. Tenho-a para comércio, mas não interessa muito a venda pelo fato de todos quererem vê-la. Na hora que as pessoas descobrem que a mesa está aqui, todos querem ver”, revelou.
No setor há seis anos, com presença em feiras de todo o país há três, o profissional destacou o bom número de itens vendidos no ano passado. “Já andamos bastante, fizemos várias feiras e vendi muita mesa. No ano passado, vendemos mais de 150 mesas. Neste ano o movimento está um pouco mais fraco, vendemos 45 mesas até agora.”
Presente na Faive pela primeira vez, a expectativa do artesão é a melhor possível. Segundo ele, itens pequenos já foram vendidos antes da festa começar. “A expectativa é boa com o pessoal da cidade, pois me parece que gostam de trabalhos com madeira, já vendemos algumas peças pequenas, então isso nos anima em relação à feira”, afirmou.
No espaço, é possível ver mesas, bancos, cadeiras e itens pequenos, como placas, colheres de pau, farinheiras, pilões, tábuas, entre outros acessórios. No que diz respeito aos objetos menores, as madeiras utilizadas são oriundas de eucalipto e grevilha. “Vendemos muitas plaquinhas. Mas as colheres de pau são nossas campeãs de venda. Farinheira, pilão, tem muitas coisas pequenas que são vendidas”, completou.
Darolt, a esposa Márcia Correa e Devanir Giroto permanecerão no estande localizado em área próxima ao espaço do Lions Clube de Presidente Venceslau no recinto de exposições “Alfredo Ellis Neto” até o final do evento. Oportunidade para os visitantes conhecerem a mesa, bem como os demais objetos, não faltará. “Os visitantes que estiverem na feira e quiserem ver, que venham ver as peças. Garanto que não vão se arrepender. Nas feiras, vemos pessoas mais de idade que olham e dizem ‘nunca vi uma coisa desta na minha vida’. Então, você que pode vir até a Faive, que venha ver e garanto que vai se agradar”, convidou.
As informações são da Assessoria de Imprensa da Faive.
